Expedição desenvolve ações socioambientais


Publicado em: 22/02/2024 15:59:23

Ação com pesquisadores da UNIR foi realizada com comunidades quilombolas na fronteira entre Brasil e Bolívia


DSC_5735A Universidade Federal de Rondônia (UNIR) está entre as entidades que promovem, por meio de projeto socioambiental, ações de elaboração de diagnósticos e realização de práticas que possam fomentar o turismo de base comunitária e práticas sustentáveis na região do Vale do Guaporé, em Rondônia, especificamente na fronteira com a Bolívia. A iniciativa é voltada principalmente à gestão dos territórios quilombolas amazônicos, à preservação ambiental, e ao resgate cultural e à educação ambiental na região.

O projeto prevê a caracterização socioambiental e cultural da área e o diagnóstico de impactos na região do Vale do Guaporé, com foco nas Comunidades: Rolim de Moura do Guaporé (município de Alta Floresta D’Oeste), Forte Príncipe da Beira e Santa Fé (no município de Costa Marques) e Pedras Negras (município de São Francisco do Guaporé), localidades que estão na área de fronteira fluvial entre Brasil e Bolívia.

Ações conjuntas – Entre os dias 25 de janeiro e 03 de fevereiro de 2024, a equipe de pesquisadores realizaram atividades conjuntas preparatórias e de campo no Vale do Guaporé, estado de Rondônia. A expedição integra o projeto vinculado ao Programa Nacional de Desenvolvimento de Capacidades para o Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (PCDR/MIDR), denominado “Diagnóstico de gestão do território e dos impactos socioambientais na região do Vale do Guaporé, Rondônia”, que tem como coordenador o professor Ederson Lauri Leandro, do Departamento de Ciências da Educação do Campus da UNIR em Ariquemes.

O projeto denominado “Caracterização socioambiental, diagnóstico da gestão territorial e análise do potencial de sustentabilidade no Vale do Guaporé, Rondônia e do Vale do Jari, Amapá: desafios para o desenvolvimento do turismo sustentável, gestão da água e educação ambiental”, coordenado pela professora da UNIR Nara Luísa Reis de Andrade, do Departamento de Engenharia Ambiental da UNIR no Campus de Ji-Paraná, e vinculado à iniciativa Amazônia +10, também está associado às atividades.

Realizada entre os meses de janeiro e fevereiro, a expedição integra a equipe do projeto vinculados ao MIDR, e a equipe multidisciplinar e interinstitucional vinculada ao projeto Amazônia +10, da qual participam pesquisadores e coordenadores que representam as instituições parceiras: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), o Instituto Federal do Amapá (Ifap), além da Universidade Federal de Rondônia (UNIR).

DSC_4883 Atividades na UNIR – Durante os sete dias, a equipe realizou as atividades de extensão preparatórias no Campus UNIR de Ji-Paraná em projeto intitulado “Desafios e perspectivas de projetos socioambientais na Amazônia” e, posteriormente, percorreu mais de 800 quilômetros em vias terrestres e aproximadamente 10 horas de barco, em período característico de cheia amazônica.

No auditório do Campus da UNIR, foram realizadas palestras para apresentação dos projetos e oficina preparatória, nos dias 25 e 26 janeiro, como formação para o trabalho de campo na região do Vale do Guaporé. Junto às comunidades, foram realizadas, no período de 28 de janeiro a 03 de fevereiro, rodas de conversa, oficinas participativas, devolutivas de resultados de pesquisas obtidas no projeto, entrevistas semiestruturadas, coleta de dados de campo, registro audiovisual de todas as etapas da expedição, bem como, das memórias e atividades tradicionais das Comunidades Quilombolas de Pedras Negras, Santa Fé e Forte Príncipe da Beira.

Alunos de pós integrados – Além dos 11 integrantes dos projetos, uma parte das atividades foi desenvolvida com a participação de alunos e professores do Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária e do Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos (ProfÁgua) do Campus UNIR de Ji-Paraná; assim como com representantes de órgãos públicos e da sociedade civil, como forma de interação e divulgação das ações em uma atividade de extensão. A partir dos levantamentos realizados durante a expedição, o próximo passo será a sistematização e análise dos dados, tendo como resultado o diagnóstico integrado, propondo alternativas e ações que possibilitem a gestão socioambiental, o turismo sustentável e o desenvolvimento local, construídos de forma conjunta entre as comunidades e a academia.

Todo o conhecimento gerado, em futuras ações, deverá ser retornado às comunidades, para validação dos resultados obtidos. A experiência desta expedição conjunta foi uma vivência fundamental para que a equipe possa melhor compreender as dinâmicas das comunidades locais e, a partir desta compreensão, contribua com o desenvolvimento territorial da região, em especial, das comunidades tradicionais quilombolas do Vale do Guaporé.

Fotos: Banco de dados dos Projetos Amazônia+10

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