Data do Evento: 01/09/2023
Professores pesquisadores da UNIR lançam nesta sexta-feira, 1º de setembro, às 18h30 no auditório da UNIR-Cento, em Porto Velho, os livros “Humanos e outros-que-humanos nas narrativas amazônicas” e “Os Lengua Maskóy [Enxet] do chaco paraguaio”. O evento é gratuito e aberto ao público em geral.
As obras apresentam resultados de estudos desenvolvidos pelos docentes Heloísa Helena Siqueira Correia (Dalv/UNIR) e Hélio Rodrigues da Rocha (Dale/UNIR), em colaboração com o professor Felipe Vander Velden (UFSCar). Heloísa Helena e Hélio Rocha são docentes do Mestrado em Estudos Literários da UNIR e líderes do Grupo de Pesquisa Devir-Amazônia: Literatura, Educação e Interculturalidade, ao qual estão vinculados alguns do autores e das pesquisas apresentadas nos livros.
Serviço – Lançamento de livros
- Humanos e outros que humanos nas narrativas amazônicas
- Os Lengua Maskóy [Enxet] do chaco paraguaio
Data: 01/09/2023, sexta-feira
Horário: 18h30
Local: auditório da UNIR-Cento, em Porto Velho
Humanos e outros-que-humanos nas narrativas amazônicas – Resultado de trabalho desenvolvido em Programas de Pós-Graduação, como o Mestrado em Estudos Literários da UNIR e o Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da UFSCar, o livro busca uma aproximação teórica e metodológica entre a Antropologia e os Estudos Literários. Seus capítulos apresentam resultados de pesquisas que se interessam pelos saberes produzidos na/pela ou em diálogo com a riqueza das relações entre coletivos humanos e seres outros-que-humanos que habitam a Amazônia brasileira. Esses conhecimentos provêm de analistas, cientistas e interlocutores, de autores e textos escritos e orais e, de um modo geral, dos povos indígenas e ribeirinhos, urbanos e rurais, ou seja, vários coletivos humanos, em interação com a miríade de outros-que-humanos que habitam a mais imponente floresta tropical do planeta. Os não humanos ou outros-que-humanos são animais e vegetais das mitologias e dos apurados sistemas de conhecimento dos povos indígenas e tradicionais que habitam a floresta; os animais e plantas que povoam as páginas da literatura amazônica, feita na ou sobre a região; os animais caçados, pescados, capturados, familiarizados, amados, odiados ou desprezados pelas populações amazônidas, nativas ou migrantes, no campo e nas cidades, grandes ou pequenas; os vegetais poderosos, sagrados e medicinais das populações indígenas, ribeirinhas, seringueiras, caucheiras, caboclas, quilombolas e outras que levam formas de vida tradicional; e mesmo os animais exóticos introduzidos, aqueles ferais ou feralizados ou os que conformam uma diversidade doméstica, em tudo igualmente variável segundo se localize em aldeias, em pequenas propriedades rurais, em assentamentos, antigas fazendas, nos centros e periferias das cidades amazônicas ou nos grandes latifúndios que o agronegócio espalha mais recentemente pelo bioma.
Os autores e as autoras dos capítulos, assim como os organizadores do livro, são pesquisadores e pesquisadoras vinculados à UNIR, UFSCar, UFPA, UFSC e IFAM, em sua grande maioria membros do Grupo de Pesquisa Devir-Amazônia: Literatura, Educação e Interculturalidade (UNIR) e do Grupo de Pesquisa Humanimalia – Antropologia das Relações Humano-Animais (UFSCar). A obra é organizada pelos professores Heloísa Helena Siqueira Correia, do Departamento Acadêmico de Letras Vernáculas e do Mestrado em Estudos Literários da UNIR, vice-líder do Devir-Amazônia; Felipe Vander Velden, do Departamento de Ciências Sociais e do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da UFSCar e coordenador do Humanimalia; e Hélio Rodrigues da Rocha, do Departamento de Línguas Estrangeiras da UNIR e líder do Devir-Amazônia. As pesquisas contidas no livro, assim como a obra, em formato físico e digital, contaram com recursos da Fapero, Fapesp e CNPq. A arte da capa é assinada pelo artista Flávio Dukta, e o livro conta com o selo da Editora De Castro.
Os Lengua Maskóy [Enxet] do chaco paraguaio (Editora Valer) – é uma tradução do inglês para o português do testemunho etnográfico do escocês Wilfred Barbrooke Grubb feita pelo professor doutor em Teoria e História Literária (Unicamp – 2011) Hélio Rodrigues da Rocha (UNIR). A obra é apresentada, criticamente, pelo tradutor em companhia dos antropólogos Celeste Medrano (Universidade de Buenos Aires), Felipe Vander Velder (UFSCar) e Rodrigo Villagra Carron (Unilla).
Hélio Rocha desenvolve, na UNIR, o projeto de pesquisa Tradufagia: processo tradutório de narrativas de viajantes de língua inglesa pela América do Sul. Assim, o foco de estudos e investigação são, principalmente, mas não apenas, relatos de viajantes de língua inglesa com o objetivo de tornar essas narrativas conhecidas por leitores brasileiros que não tenham proficiência leitora nessa língua. Como há muito material escrito em língua inglesa que ainda não foi traduzido, e porque é necessário saber quais interesses estão em jogo nas representações por autores estrangeiros, de nosso continente, nossa região e cultura, o tradutor prossegue em seu trabalho de tradução, ao mesmo tempo que investiga criticamente, em conjunto com outros estudiosos e tradutores, aspectos dos discursos colonialistas desses textos, assumindo claramente que traduzir também é um ato de resistência.
Os potenciais leitores são antropólogos, etnólogos, etnógrafos, historiadores, geógrafos, culturalistas, analistas de discurso e todos que se interessam por questões indígenas, sejam elas culturais, políticas ou econômicas, além da problemática do imperialismo religioso, econômico e cultural, entre outros.