Projeto Matinês – Ciclo de Curtas Metragens “Memórias narrativas de traços culturais afro-brasileiras”


Publicado em: 14/11/2016 11:36:27.328


   O Projeto Matinês, uma iniciativa da Diretoria de Extensão e Cultura (PROCEA) da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), estará exibindo, nos dias 16 e 17 de novembro, no Auditório Paulo Freire, no Campus de Porto Velho, com início às 17h 30, o Ciclo de Curtas Metragens “Memórias narrativas de traços culturais afro-brasileiras”, histórias dos afrodescendentes em diferentes regiões do país.
   Ao final das apresentações segue-se uma conversa aberta com os presentes, contando com a participação de acadêmicos como debatedores e, também, como monitores.



Dia 16 de novembro de 2016:


1° Curta: Mata... Céu... e Negros – SC. A história da presença dos negros na região de Antônio Carlos é contada por meio dos relatos dos afrodescendentes que vivem na localidade. 

2° Curta: Engenho novo – MS. O engenho novo, dança característica da comunidade quilombola Furnas do Dionísio, assemelha-se ao movimento do engenho de cana, e seus versos lembram o trabalho com essa máquina e as conversas entre seus operadores. Os jovens da comunidade, juntamente com os mais antigos, estão tentando preservar essa tradição.

3° Curta: Ibiri- Tua Boca Fala Por Nós – RJ. O vídeo retrata a vida de seis irmãs descendentes de escravos e nascidas em Papicu, região de São Pedro da Aldeia, da qual Iguaba Grande fazia parte. Depois de serem expulsas de forma violenta de sua casa, elas se escondem na mata, até conseguirem um pedaço de terra. Marcadas pela injustiça sofrida, fecham-se em seu pequeno mundo, do qual saem apenas para vender o pouco que podem cultivar.



2º dia: 17 de novembro de 2016


1° Curta: Jardim de plástico – BA. Um garimpeiro velho de serra, após o fechamento dos garimpos em Lençóis (BA) pelo Governo do Estado, cria um garimpo artificial no quintal de casa como alternativa de preservação da memória histórica e cultural. 

2° Curta: Talhado – PB. Em 1960, o processo de ocupação do sítio Talhado, iniciado pelo escravo José Bento, foi registrado pelo cineasta Linduarte Noronha no documentário “Aruanda”. Em 2004, Talhado e parte do Bairro São José foram reconhecidos como áreas remanescentes de quilombo. Esse reconhecimento produziu uma nova relação entre o povo, agora quilombola, e os habitantes das outras áreas da cidade. Não se trata mais do povo isolado em área distante, mas de uma população que interage e que marca culturalmente e socialmente a vida da cidade.
 
3º O massacre da Lagoa da Serra – BA. Vale do São Francisco, Oeste da Bahia, 1972. Os posseiros da Fazenda Lagoa da Serra sofriam pressão dos grileiros para abandonar suas terras. O conflito terminou com a queima de todos os casebres e a expulsão das famílias. O massacre nunca foi julgado.

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