Publicado em: 28/06/2019 13:09:39.167
	 Com o objetivo de apresentar a cultura e a diversidade indígena aos alunos do ensino fundamental, o Projeto de Extensão “Olhares que fazem a diferença: Aprendendo sobre índios com indígenas”, do campus de Ji-Paraná da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), realizou recentemente uma atividade educativa na escola Jandinei Cella, localizada no Bairro Jardim dos Migrantes.
Com o objetivo de apresentar a cultura e a diversidade indígena aos alunos do ensino fundamental, o Projeto de Extensão “Olhares que fazem a diferença: Aprendendo sobre índios com indígenas”, do campus de Ji-Paraná da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), realizou recentemente uma atividade educativa na escola Jandinei Cella, localizada no Bairro Jardim dos Migrantes.
	A visita aconteceu na última quarta-feira (26). Na ocasião, a equipe do projeto, composta pelas docentes Carma Maria Martini e Anna Frida Hatsue Modro e por acadêmicos do curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural (DEINTER/UNIR), visitou as salas de aula da escola para falar sobre a vida e os costumes dos povos indígenas de Rondônia.
	Conforme a professora Anna Frida Hatsue Modro, “o intuito é aproximar os alunos do ensino fundamental da realidade e história do país, com a pretensão de contribuir para minimizar a visão estereotipada sobre os indígenas que geralmente os alunos tem acesso por meio do livro didático, bem como sanar suas dúvidas sobre a temática, e dar voz aos indígenas, que tem poucas oportunidades para difundir sua cultura nos espaços não indígenas, contribuindo assim para o fortalecimento de sua identidade”.
	Sobre a atividade realizada, a professora explica que as crianças expuseram a visão que possuíam sobre os índios, que correspondem basicamente à ideia de “viver em ocas, andar nus na floresta, caçar e pescar com arco e flecha”.
	Para Irídio Aikanã, estas falas demonstram que algumas crianças possuem ainda uma visão do índio retratado nos anos 1.500, e que esta experiência permite falar sobre a realidade indígena de hoje e dialogar sobre as curiosidades das crianças. Para o acadêmico, oportunidades como estas devem ser promovidas com mais frequência para que eles possam ter mais contato para falar sobre suas culturas e costumes.
	Edna Aruá ressalta que, “assim como os não indígenas não possuem mais as características iguais aos colonizadores, a cultura indígena também passou por processos de modificações no decorrer do tempo, e esta mudança não justifica que o ‘índio’ seja visto como ‘menos índio’, pelo contrário, ainda hoje existe uma grande diversidade indígena, com povos que apresentam diferentes cosmologias, culturas e hábitos, e que se identificam e lutam por manterem as suas tradições”.
	Para o acadêmico Leandro Arara, esta experiência é importante pois esclarece aos não indígenas que todos são seres humanos e possuem especificidades culturais que devem ser respeitadas. Para ele, as crianças indígenas possuem hábitos semelhantes às crianças da cidade, e podem realizar atividades ao ar livre e ter contato com a natureza em espaço amplo, como as florestas e os rios.                                     