Publicado em: 18/02/2020 15:51:25.688
A professora doutora Rosangela Aparecida Hilario, do departamento de Ciências da Educação (DECED), da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), recebeu da Academia Rondoniense de Letras, Ciências e Artes (ARL) o título de IMORTAL e passará a ocupar a cadeira 18, cuja patronesse é Tereza de Benguela.
A sessão solene de consagração do título de IMORTAL à doutora Rosângela Hilário será no dia 14 de março, no auditório do Teatro Guaporé, em Porto Velho.
Rosangela Aparecida Hilario é doutora em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade São Paulo (FEUSP), com Pós-Doutorado em Educação, na Faculdade de Educação da Universidade São Paulo, Formação de Professores: Máximas Simplificadoras e a Crise na Identidade Docente. Possui Licenciatura em Letras, Graduação em Comunicação Social/Jornalismo/Universidade de Mogi das Cruzes e Mestrado em Educação (Políticas Públicas). Docente na UNIR desde 2009, atualmente é professora do Departamento Ciências de Educação (DECED). Líder do Grupo de Pesquisa Ativista Audre Lorde e Vice-líder do Grupo de Pesquisa de Políticas Públicas e Gestão Territorial da UNIR. Atua principalmente nas áreas temáticas de Alfabetização e Letramento, Políticas Públicas de Formação de Professores, Interseccionalidade e Feminismo Negro. Premiada com Voto de Louvor da Câmara Municipal de Porto Velho pelo ativismo e produção de estudos sobre interseccionalidade, raça e desenvolvimento social. Foi homenageada pelo Ministério Público de Rondônia com Diploma de Honra ao Mérito pelo ativismo a partir de estudos e pesquisas para combate a homofobia, transfobia e racismo.
A professora Hilario em sua nota de agradecimento pelo título recebido, declarou que: “Não bastasse a honrosa homenagem da ARL em tornar imortal meu legado, em grande parte tornado maior e mais potente aqui, ainda determinam como minha patronesse Tereza de Benguela, líder do Quilombo Quariterê, das mais importantes lideranças femininas pretas do século XVIII... eu, estou honrada, orgulhosa, gigante em responsabilidade.
Daqui a 100, 200 anos as meninas pretas saberão que a cadeira 18 no século 21, foi ocupada por uma mulher preta e doutora e teve como patronesse, uma liderança preta feminina a frente de seu tempo, na utilização da palavra como estratégia para emancipação do povo preto.
Por esses e outros motivos, eu digo que nenhum outro lugar a mim traria tanto orgulho e coragem como esse.
Gratidão! Ao Presidente William Haverly meu respeito e reconhecimento: atitudes como essas tem um efeito incrível lá na ponta, para crianças pretas precisadas de esperança. Às pessoas que me honram com seu amor e amizade, fica o convite e reconhecimento! Motumbá!”