Publicado em: 04/03/2022 17:56:43.545
Quantas estrelas há no céu? Quantos planetas habitáveis existem? Estamos sozinhos no universo e será que um dia ele via ter fim? Esses e outros questionamentos são abordados na série de vídeos Conhecendo o Universo, disponível nocanal do Clube Ciências Marie Curie-ROno Youtube, mantido pelo Clube de Ciências Marie Curie(clique aqui para acessar o site). Este é um programa de pesquisa e extensão vinculado ao Departamento de Física, do campus de Ji-Paraná, da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), sob a coordenação das professoras Patrícia Matos Viana de Almeida e Queila da Silva Ferreira.
O objetivo do Clube de Ciências Marie Curie é criar um ambiente voltado ao estudo, ao desenvolvimento de projetos e à promoção de debates sobre temas que envolvem Física e Ciências, como explicam as coordenadoras. “A Astronomia é um ramo da ciência que instiga a curiosidade do público em geral, desde crianças e adolescentes até os adultos.É um assunto pelo qual o ser humano tem fascínio. Saber mais sobre o universo, os planetas, as estrelas, o céu, saber para onde vamos e de onde viemos são assuntos que despertam o interesse das pessoas, então nós utilizamos esse tema para falar de ciência”, explica Patrícia de Almeida.
No início das atividades do clube, em 2019, o foco eradifundir o ensino de Ciências para estudantes de escolas públicas parceiras em Ji-Paraná por meio de oficinas, minicursos, atividades em laboratório e palestras.Com a chegada da pandemia de Covid-19o grupo precisou suspender as atividades presenciaisem 2020, retornando somente em 2021, já com as atividades remotas.Foi desse cenárioque surgiu a ideia do canal no Youtube.
Os vídeos abordam as dúvidas mais comuns quando o assunto é Astronomia. Aelaboração dos roteiros, as gravações eedições dos vídeos são feitas pelos alunos monitores do programa, um bolsista e dois voluntários, com supervisão dos professores. Além do canal do Youtube, o Clube tem também uma página no Instagram (@clubedecienciasmariecuriero) para publicar atualizações e manter contato com o público.Este ano, eles pretendem lançar enquetes no Instagram para saber quais temas o público gostaria de ver no canal e elaborar novos conteúdos a partir das indicações.
A divulgação científica para o público em geral está entre os principais objetivos do grupo. “Além disso, os temas abordados também são conteúdos do curso de Física. E mesmo quem não é estudante de física se interessa pelo assunto e busca conhecer mais sobre os temas. Assim, as atividades do grupo não só complementam a parte de formação e assimilação de conhecimento para os monitores (acadêmicos), como também leva conhecimento para a comunidade. É uma forma de aproximar os estudantes da ciência”, destaca a professora Patrícia.
Parceria com escolas –O Clube de Ciências Marie Curie foi institucionalizado como programa de extensão em 2018, mas o grupo já funcionava como projeto de atividades experimentais para ensino de Física e Ciências desde 2016. Até 2019, as ações foram desenvolvidas presencialmente em parceria com professores da Escola Estadual Aluízio Ferreira e do Instituto Federal de Rondônia (Ifro) – campus de Ji-Paraná, que disponibilizavam equipamentospara observações astronômicas.
As atividades eram abertas ao público em geral e ocorriam nos campi da UNIR e do Ifro e na escola.Dependendo do tipo de atividade, os encontros eram quinzenais ou mensais. “Como a escola estava desenvolvendo seu laboratório de Ciências, o objetivo era inspirar as crianças nesse primeiro contato com a física e ciências em geral. Porém, com a pandemia, nós precisamos reformular toda a nossa atuação. Continuamos com divulgação científica, mas passamos a trabalhar com a internet”,conta a professora Patrícia de Almeida.
Após a migração para a internet o grupo obteve mais abrangência e um alcance muito maior de pessoas. “Contabilizamos mais de 500 visualizações no Youtube, e juntando todas as redes o alcance foi de quase mil pessoas, muito mais do que se atinge em palestras e atividades presencias.Em contrapartida a interação presencial é muito mais eficiente, e esse é o ponto que fica mais prejudicado com a atuação apenas pela internet”, avalia a professoraPatrícia,concluindo que, assim que for possível, pretendem voltarcom atividades nas escolas, incluindo novas ações como a construção de um planetário móvel.